ATA DA QÜINQUAGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 02-8-2006.

 


Aos dois dias do mês de agosto do ano de dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e dez minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Margarete Moraes, Neuza Canabarro e Professor Garcia. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pela Bancada do Partido dos Trabalhadores, os Pedidos de Informação nos 183, 184, 185 e 186/06 (Processos nos 4076, 4077, 4078 e 4079/06, respectivamente); pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Providência nos 1563 e 1564/06 (Processos nos 4087 e 4088/06, respectivamente), o Pedido de Informação nº 182/06 (Processo nº 4062/06), o Projeto de Lei do Legislativo nº 148/06 (Processo nº 3516/06) e o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 015/06 (Processo nº 3677/06); pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 1558, 1565 e 1566/06 (Processos nos 4045, 4089 e 4090/06, respectivamente) e os Projeto de Lei Complementar do Legislativo nos 014, 017 e 018/06 (Processos nos 3732, 3724 e 3710/06, respectivamente); pelo Vereador Carlos Todeschini, os Projetos de Lei do Legislativo nos 161 e 174/06 (Processos nos 3654 e 4005/06, respectivamente) e o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 016/06 (Processo nº 3940/06); pelo Vereador Cassiá Carpes, o Projeto de Lei do Legislativo nº 149/06 (Processo nº 3528/06); pelo Vereador Claudio Sebenelo, os Projetos de Lei do Legislativo nos 130 e 172/06 (Processos nos 3074 e 3983/06, respectivamente); pelo Vereador Dr. Goulart, o Projeto de Lei do Legislativo nº 093/06 (Processo nº 2281/06) e, juntamente com os Vereadores Ervino Besson, João Bosco Vaz, Mario Fraga, Nereu D'Avila e Neuza Canabarro, o Projeto de Resolução nº 082/06 (Processo nº 3566/06); pelo Vereador Elias Vidal, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 013/06 (Processo nº 3330/06); pelo Vereador Ervino Besson, os Pedidos de Providência nos 1552, 1555 e 1559/06 (Processos nos 4019, 4022 e 4046/06, respectivamente) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 171/06 (Processo nº 3920/06); pelo Vereador João Antonio Dib, o Pedido de Providência nº 1560/06 (Processo nº 4047/06), o Pedido de Informação nº 181/06 (Processo nº 4041/06) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 167/06 (Processo nº 3844/06); pelo Vereador João Bosco Vaz, o Pedido de Providência nº 1562/06 (Processo nº 4084/06), o Projeto de Lei do Legislativo nº 160/06 (Processo nº 3610/06) e o Projeto de Resolução nº 085/06 (Processo nº 3683/06); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Pedido de Informação nº 187/06 (Processo nº 4098/06); pelo Vereador José Ismael Heinen, os Pedidos de Providência nos 1549, 1550 e 1551/06 (Processos nos 3987, 3988 e 3993/06, respectivamente); pela Vereadora Manuela d'Ávila, o Pedido de Providência nº 1557/06 (Processo nº 4025/06), o Pedido de Informação nº 180/06 (Processo nº 4025/06) e, juntamente com o Vereador Raul Carrion, os Projetos de Lei do Legislativo nos 162 e 164/06 (Processos nos 3656 e 3695/06, respectivamente); pela Vereadora Margarete Moraes, os Pedidos de Providência nos 1548, 1556 e 1561/06 (Processos nos 3986, 4023 e 4083/06, respectivamente) e os Projetos de Lei do Legislativo nos 256/04 e 143/06 (Processos nos 3549 e 3396/06, respectivamente); pela Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providência nos 1553 e 1554/06 (Processos nos 4020 e 4021/06, respectivamente); pelo Vereador Nereu D'Avila, o Projeto de Lei do Legislativo nº 020/06 (Processo nº 642/06) e o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 019/06 (Processo nº 4010/06); pelo Vereador Paulo Odone, o Projeto de Resolução nº 086/06 (Processo nº 3718/06); pelo Vereador Professor Garcia, o Projeto de Lei do Legislativo nº 152/06 (Processo nº 3578/06); pelo Vereador Sebastião Melo, o Projeto de Lei do Legislativo nº 146/06 (Processo nº 3506/06). Também, foram apregoados os seguintes Ofícios, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: de nos 562, 563, 640, 644, 645, 677 e 594/06, encaminhando os Projetos de Lei do Executivo nos 023, 024, 025, 027, 026 e 028/06 (Processos nos 3743, 3745, 3958, 4003, 4002 e 4081/06, respectivamente) e o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 003/06 (Processo nº 3868/06). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 482, 485, 486, 490, 495, 496, 604, 605, 606, 607, 608, 609, 610, 611, 622 e 625/06, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 037/06, do Vereador João Antonio Dib, Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito constituída na Casa para averiguar o alto índice de afastamento de servidores municipais por biometria; Impresso da IV Conferência Municipal do Meio Ambiente. Na ocasião, em face da inexistência de quórum deliberativo, deixaram de ser votadas as Atas da Quadragésima Quarta, Quadragésima Quinta e Quadragésima Sexta Sessões Ordinárias e da Vigésima Sétima, Vigésima Oitava e Vigésima Nona Sessões Solenes. Também, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador Adeli Sell, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da tramitação e da legalidade do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 019/06, que declara de utilidade pública o Círculo Operário Porto Alegrense. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 002/06, discutido pelo Vereador João Antonio Dib; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 012/06, discutido pelos Vereadores Professor Garcia, Carlos Todeschini e Raul Carrion, os Projetos de Lei do Legislativo nos 082/06 e 084/06, discutidos pelo Vereador João Antonio Dib, 123, 124 e 134/06, este discutido pelos Vereadores Claudio Sebenelo e Professor Garcia, o Projeto de Resolução nº 061/06. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou o transcurso do aniversário, hoje, da Vereadora Sofia Cavedon, procedendo à entrega, em nome da Mesa Diretora, de um cartão de felicitações a Sua Excelência. Também, registrou a inauguração, hoje, da Sala ARI (Associação Riograndense de Imprensa), anexa a este Plenário. Às quatorze horas e trinta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinqüenta e cinco minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Maristela Maffei abordou o conflito atualmente verificado no Oriente Médio, apontando disputas econômicas que embasam confrontos naquela região e equiparando a perseguição nazista do povo judaico, durante a Segunda Guerra Mundial, à atitude do governo israelense em relação ao Líbano. Ainda, repudiou a política externa dos Estados Unidos da América e de Israel e prestou homenagem póstuma às vítimas do conflito no Oriente Médio. A Vereadora Sofia Cavedon criticou o Executivo Municipal, mencionando atrasos em obras públicas e questões relacionadas à área de segurança e ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Também, manifestou seu apoio à comunidade palestina residente no Rio Grande do Sul, condenando a política externa do governo israelense, por considerá-la expansionista, e criticando o extermínio de civis e a omissão internacional frente aos conflitos bélicos verificados no Oriente Médio. O Vereador Claudio Sebenelo comentou entrevista concedida pelo Sociólogo Francisco de Oliveira ao jornal Folha de São Paulo, publicada na edição do dia vinte e quatro de julho do corrente, na qual é analisada a conjuntura política e econômica do Brasil. Nesse sentido, destacou que a presença da impunidade tem sido uma das características da sociedade brasileira atual, questionando o trabalho realizado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente do Governo Federal. A Vereadora Manuela d'Ávila discorreu sobre os conflitos observados no Oriente Médio, envolvendo os governos israelense e libanês, asseverando que essa luta possui motivação imperialista e econômica e lembrando invasões promovidas pelos Estados Unidos da América no Iraque e no Afeganistão. Ainda, contestou o pronunciamento hoje efetuado pelo Vereador Claudio Sebenelo, em Comunicação de Líder, de crítica à gestão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Às quinze horas e trinta e oito minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e trinta e nove minutos, constatada a existência de quórum. Na ocasião, a Vereadora Sofia Cavedon formulou Requerimento verbal, solicitando a retirada de termos constantes no pronunciamento do Vereador Cláudio Sebenelo, durante o período de Comunicação de Líder, tendo o Senhor Presidente, em face de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos Vereadores Raul Carrion, Nereu D'Avila, Sofia Cavedon, Claudio Sebenelo e Carlos Todeschini, prestado esclarecimentos sobre o assunto e tendo o Vereador Claudio Sebenelo informado que não retiraria os termos usados em seu pronunciamento. Ainda, o Vereador Raul Carrion formulou Requerimento verbal, indeferido pelo Senhor Presidente, solicitando que o Senhor Presidente determinasse a retirada de termos constantes no pronunciamento do Vereador Cláudio Sebenelo, durante o período de Comunicação de Líder, tendo o Vereador Carlos Todeschini manifestado-se sobre o assunto. Às quinze horas e quarenta e sete minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e quarenta e oito minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se contrariamente ao conflito entre o Estado de Israel e o Líbano, argumentando que os recursos destinados à beligerância, se aplicados em outras áreas, poderiam solucionar diversos problemas da sociedade. Além disso, criticou a realização de obras na Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, considerando inadmissível o bloqueio total de vias principais por causa da falta de planejamento dessas obras. O Vereador Elói Guimarães, saudando a presença, neste Plenário, do Tenente-Coronel Marco Aurélio Forlin, enalteceu a eficiência demonstrada pelo Corpo de Bombeiros no controle de incêndio ocorrido ontem, na Zona Norte de Porto Alegre. Também, corroborou pronunciamento do Senador Pedro Simon sobre o enfoque dado pela população brasileira às eleições deste ano, afirmando ser o voto um instrumento fundamental para o crescimento da democracia brasileira. O Vereador Nereu D'Avila denunciou a utilização irregular de espaços do Parque Marinha do Brasil para estacionamento de veículos, cobrando do Senhor Beto Moesch, Secretário Municipal do Meio Ambiente, a averiguação e correção desse problema. Em relação ao assunto, discorreu sobre a relevância do respeito, pela população, à preservação de parques e praças, ressaltando que esses logradouros são destinados ao lazer e à pratica de atividades desportivas. O Vereador José Ismael Heinen registrou sua participação, ontem, nesta Casa, em homenagens ao Senhor Antonio Sergio Fernandes Cecchia, Diretor da Escola Superior de Propaganda e Marketing, e à Banda de Música da Polícia do Exército, frisando a importância dessas entidades para a educação e a cultura em Porto Alegre. Ainda, congratulou o Senhor Carlos Caetano Bledorn Verri, conhecido como Dunga, pela sua contratação como técnico da Seleção Brasileira de futebol. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Luiz Braz, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, conforme deliberado pelo Colégio de Líderes. Em Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Requerimentos nos 104, 108 e 109/06. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 074/06, por vinte e seis votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Raul Carrion, Sebastião Melo e Valdir Caetano. Em Votação Nominal, 2º Turno, foi rejeitado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/05, por vinte e um votos SIM e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Sebastião Melo, Carlos Todeschini, Ervino Besson, Cassiá Carpes, Maristela Maffei e João Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Raul Carrion e Sebastião Melo e tendo optado pela Abstenção o Vereador Carlos Todeschini e a Vereadora Margarete Moraes. Em continuidade, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador Sebastião Melo, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da possibilidade de renovação da votação do Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/05. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 030/05. Após, foi apregoado o Ofício nº 215/06 de autoria do Vereador Professor Garcia, informando que, juntamente com a Vereadora Sofia Cavedon, representará externamente este Legislativo em audiência na Prefeitura Municipal de Porto Alegre, na tarde de hoje, para tratar de exonerações de servidores municipais em virtude de decisão do Tribunal de Contas do Estado. Às dezesseis horas e cinqüenta e seis minutos, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Luiz Braz e Haroldo de Souza e secretariados pelos Vereadores Haroldo de Souza e Professor Garcia, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 


O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Professor Garcia procederá à leitura das proposições apresentadas à Mesa.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO ad hoc (Professor Garcia): (Lê as proposições apresentadas à Mesa.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Questão de Ordem.

 

 O SR. ADELI SELL (Questão de Ordem): Ver. Haroldo de Souza, meu digno Presidente da Sessão, creio que devemos fazer uma consulta à Diretoria Legislativa ou à Procuradoria, porque me parece que não pode vingar um Projeto de Lei que isenta especificamente uma instituição, nominadamente. Na minha opinião, não pode vingar um Projeto de Lei que especifica uma instituição.

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Projeto está sendo apregoado, e daqui ele irá para a Procuradoria, e aí, com o andamento, nós iremos focalizar.

 

O SR. ADELI SELL: Perfeito. Eu lhe agradeço.

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Obrigado, Vereador.

Solicito ao Ver. Professor Garcia que conclua a leitura das proposições apresentadas à Mesa.

 

(Procede-se à conclusão da leitura das proposições.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. N. 3535/06 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 002/06, que altera o art. 9º da Lei Complementar n. 352, de 08 de agosto de 1995, que dispõe sobre os membros do Conselho Municipal de Assistência Social.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. N. 1489/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 061/06, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que institui o Programa Transparência na Câmara Municipal de Porto Alegre, mediante a disponibilização, via Internet, de dados sobre a gestão de seus recursos, ações e atividades do Poder Legislativo e dá outras providências.

 

PROC. N. 2096/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 082/06, de autoria dos Vereadores Raul Carrion e Manuela d'Ávila, que institui a Semana do Conjunto Habitacional Rubem Berta, no período compreendido entre os dias 16 e 22 de abril, passando a integrar o Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre. Com Emendas nos. 01 e 02.

 

PROC. N. 2131/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 084/06, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que destina espaço no Largo Zumbi dos Palmares para exposição e comércio de artesanato, artes plásticas, culinária artesanal, antiquários, colecionadores e apresentação de canto, música, dança e artes cênicas, denominado Mercado das Pulgas de Porto Alegre.

 

PROC. N. 2996/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 123/06, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que denomina Rua Therezinha Rocha da Silva o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 5025, localizado no Bairro Hípica.

 

PROC. N. 2997/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 124/06, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que denomina Rua Alexio Fagherazzi o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 5028, localizado no Bairro Hípica.

 

PROC. N. 3168/06 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 012/06, de autoria do Ver. Raul Carrion, que dispõe sobre a instalação individual de hidrômetro nas edificações verticais residenciais e nas de uso misto e nos condomínios residenciais de Porto Alegre, em conformidade com o INMETRO e demais disposições legais e técnicas aplicáveis, e revoga o art. 12 da Lei Complementar n. 170, de 31 de dezembro de 1987, com redação dada pela Lei Complementar n. 423, de 18 de setembro de 1998.

 

PROC. N. 3194/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 134/06, de autoria do Ver. Professor Garcia, que inclui as academias de ginástica e dança e balé no Anexo I (Lista de Referência para a Cobrança da Taxa de Licenciamento Ambiental) da Lei n. 8.267, de 29 de dezembro de 1998, no item Atividades Diversas, como atividade de porte mínimo com grau de poluição baixo.

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, em 2ª Sessão de Pauta, temos um Processo e, em 3ª Sessão, sete Processos. É claro que há represadas aí algumas duas ou três dezenas de Projetos de Leis e Projetos de Resolução que agora foram apregoados pela Mesa. Leio estes Projetos que aqui estão.

Um é do Executivo, que dispõe sobre os membros do Conselho Municipal de Assistência Social, isso é determinação federal para o Executivo se enquadrar, ele vai se enquadrar; outro instituiu o Programa Transparência na Câmara Municipal de Porto Alegre; outro institui a Semana do Conjunto Habitacional Rubem Berta. Rubem Berta é um Conjunto muito importante. Um outro Projeto destina espaço no Largo Zumbi dos Palmares para exposição e comércio de artesanato, artes plásticas, etc e tal, mas não diz em que dia e nem nada. Isso poderia ser Decreto do Prefeito, sem nenhum problema. Há também duas denominações de logradouros. Outro Projeto dispõe sobre a instalação de hidrômetros individualizados nos apartamentos dos prédios a serem construídos e dá prazo para se adequarem aqueles já construídos. Ainda tem mais um Projeto que inclui as academias de ginástica, dança e balé em anexos do ISSQN.

Aí eu penso que o filósofo inglês Thomas Hobbes, que viveu de 1588 até 1679, se fosse vivo, repetiria: “Leis desnecessárias são armadilhas para captar dinheiro.” Ora, isso ele dizia no século XVII. Nós estamos no século XXI, e o número de leis aumentou de forma assustadora não só no Legislativo Municipal de Porto Alegre, mas em todo o País. São tantas as leis que se fazem neste País que o grande jurista Miguel Reale Júnior diz que hoje o indivíduo pode declarar que cometeu uma infração por desconhecer a lei. Antes não se podia alegar desconhecimento da lei, porque seria punido igual. Mas são tantas que não tem nem juiz ou computador que consiga registrar todas as leis que se fazem neste País.

Como eu disse, hoje são oito. Mas, quanto às represadas durante o mês de julho, algumas dezenas estão sendo apresentadas. Não é do que nós necessitamos, até porque nós fazemos leis e nem nós respeitamos as leis que fazemos. A tal ponto que, desrespeitada uma lei, o Plenário da Câmara Municipal impediu que fosse analisado na Comissão de Justiça o Decreto ilegal de S. Exa. o Prefeito sobre o salário dos municipários.

Vejam que o nosso problema não é falta de leis. O nosso problema é a falta do cumprimento da lei, é a falta do conhecimento das leis, que devem ser claras, precisas e concisas. Nós vamos continuar fazendo leis, e não é disso que o povo precisa. O povo precisa de leis sérias, responsáveis, competentes e aplicadas. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Obrigado, Ver. João Antonio Dib. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, em Pauta, no dia de hoje, temos o PLL nº 134/06, de autoria do Ver. Professor Garcia, que inclui as academias de ginástica, dança e balé no Anexo I da Lei nº 8.267, de 29 de dezembro de 1998, no item Atividades Diversas, como atividade de porte mínimo com grau de poluição baixo. Pois eu recomendo ao Ver. Professor Garcia que assista ao filme que está em cartaz com Antonio Banderas, que se chama “Vem dançar!”.

A dança é alguma coisa de terapêutica, a dança é alguma coisa de sanidade, a dança é fator de aperfeiçoamento. Eu quero lhe falar da ginástica, da palavra ginástica, Vereador, V. Exª é professor e deve saber: gumnós em grego quer dizer exercitar-se nu, sem roupas. Os gregos faziam os exercícios despidos, as pessoas tiravam a roupa para fazer ginástica na antiga Grécia, claro que o clima lá é muito mais ameno, e a ginástica e o balé são, indiscutivelmente, formas de aperfeiçoamento do corpo e da alma. Mais do que isso: outro dia, conversando com a minha mulher, a Sônia, ela me contava que estava num congresso no Exterior no qual falavam pessoas da área da física, da física quântica, da química, da música, da literatura, da poesia, da prosa, e tomou a palavra nesse evento uma dançarina, quando se falava sobre o equilíbrio em física. Ela disse que era professora de equilíbrio, porque, para dar um passo, ela necessitava estabelecer primeiro um desequilíbrio e no passo seguinte ganhar novo equilíbrio.

Eu quero lhe dizer, Vereador, que essa lei está completamente errada, porque o porte mínimo que será dado à ginástica, à dança e ao balé seria o porte máximo, é o máximo em matéria de integração, é o máximo em matéria de atividade individual ou de grupo, é o máximo em matéria de aperfeiçoamento humano. Com grau de poluição baixo? Não, nenhum grau de poluição. Poluído é quem não dança, é quem não faz ginástica, é quem não faz balé; esses, sim, têm o risco da poluição. A poluição zero está, principalmente, nas relações que se faz dentro da ginástica, dentro da dança, dentro do balé. Graças a Deus eu me inscrevi em Pauta para falar do seu Projeto e para pôr em evidencia atividades magníficas que o ser humano pode fazer em vez de fazer guerra. Faça amor, faça ginástica, faça dança, faça balé.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Vereador-Presidente Dr. Goulart, hoje temos a satisfação de parabenizar a Verª Sofia Cavedon, que completa mais um ano de vida. A Casa fica em festa com o aniversário da Vereadora. Parabéns, em nome da Casa e em nome de toda a Mesa! Que haja sempre muita felicidade e sucesso para a nossa amiga. (Palmas.)

Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, vamos suspender os trabalhos para podermos entregar aos jornalistas a sala da imprensa na nossa Câmara Municipal, junto ao plenário, que será por eles ocupada. Após o ato, daremos continuidade aos trabalhos da presente Sessão. Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h35min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz - 14h55min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, hoje há vários Projetos em Pauta, mas, primeiro, eu vou explicar - principalmente ao Ver. Claudio Sebenelo, pois acho que ele não conseguiu entender - o Projeto de Lei que inclui as academias de ginástica, de dança e balé no Anexo I, Lista de Referência para Cobrança de Taxa de Licenciamento Ambiental, da Lei nº 8.267, de 29 de dezembro de 1998, no item Atividades Diversas com atividade de porte mínimo, com grau de poluição baixa.

Eu não vou me deter propriamente na questão - e o Vereador colocou muito bem - da ginástica, do valor da atividade física. Mas primeiro: por que nós estamos incluindo as academias de ginástica, dança e balé com porte mínimo de poluição baixa, poluição zero? É que, na realidade, isso aqui é relativo à cobrança da Taxa de Licenciamento Ambiental por parte da SMAM. A SMAM, anualmente, cobra de todos esses estabelecimentos 450 reais para o Licenciamento Ambiental, em função de entender - a SMAM entende, nós já conversamos com o Vereador e Secretário Beto Moesch para fazer essa alteração - que as academias de ginástica poluem, elas estão enquadradas como a questão de sauna e escola de natação.

Bom, nós sabemos que a sauna, sim, tem um fator poluente, a sauna é a óleo diesel, a lenha ou a gás, que é o mesmo material energético utilizado para o aquecimento das piscinas. As academias não possuem, e não existe poluição zero, é catalogado, dentro da SMAM, sendo como poluição baixa, porque tem a questão sonora. Então, o que nós estamos fazendo - essa é a proposição da lei - é retirar as academias de ginástica, balé e dança desse enquadramento, que as identifica na mesma cobrança de sauna e piscina, para um estabelecimento normal, que, por sinal, não é obrigado a pagar anualmente a Taxa de Licenciamento Ambiental, no valor de 450 reais.

O que nós questionamos junto ao Secretário? Ao ser cobrada essa taxa, vai algum fiscal fazer uma cobrança efetiva nesse estabelecimento, ele vai lá verificar? Não. Então, nós entendemos que é uma cobrança indevida. E o Ver. Dib hoje até falou que as leis existem para cobrar. Não, Ver. Dib, essa lei faz justamente o contrário: é para nós devolvermos dinheiro que, talvez, o Poder Público esteja cobrando, no meu entendimento, de forma ilícita. Então, o que nós propomos nessa lei é o contrário: não cobrar algo que é feito, mas não é fiscalizado, pois não faz sentido. Se é para cobrar por cobrar, nós entendemos que não é o caso.

Um outro Projeto de Lei que está tramitando é de autoria do Ver. Raul Carrion, e vem em bom tempo. Na realidade, partiu de uma reclamação, o Projeto dispõe sobre a instalação individual de hidrômetros nos edifícios. Sabe-se que é constante a reclamação nos edifícios em Porto Alegre - e eu quero parabenizar o Ver. Raul Carrion por essa iniciativa -, porque os condomínios cobram de forma coletiva; nas reuniões de condomínio é muito comum as pessoas reclamarem que pagam uma exorbitância de água, sendo que elas usam pouco, enquanto outras pessoas usam mais. Então, isso daqui, no fator individual, vai ser uma cobrança mais justa.

 

O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Eu lhe concedo um aparte, Vereador.

 

O Sr. Raul Carrion: Em primeiro lugar, eu quero agradecer o apoio de V. Exª a esse Projeto tão meritório. Também quero dizer que, inclusive, nos condomínios de baixa renda, nos conjuntos habitacionais, esse problema é muito sério, pois famílias que pagam ficam prejudicas ao terem a sua água cortada. Eu lhe digo que tive e tenho uma grande receptividade na comunidade para essa problemática. E vamos aperfeiçoar o Projeto, construindo uma solução para essa situação. Muito obrigado.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado, Vereador. Acredito que, realmente, ele vem sanar algo que, de forma coletiva, não é feito. Então, nós temos de respeitar a questão da individualidade, mas não sobrepor a coletividade em detrimento de alguns que não têm a mínima observância para o bem comum e para os limites. Ou seja, aquilo que acham que é de todos, na realidade não o é. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Ver. Luiz Braz, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público presente, assistência do Canal 16, cidade de Porto Alegre, venho aqui para fazer um questionamento. Nos últimos meses, Verª Margarete, tenho me deparado com a seguinte situação: ao chegar nas comunidades - e posso citar aqui várias -, sou questionado de forma dura sobre o porquê de mudaram o nome da rua sem consultá-los. “Por que fizeram o que fizeram?” Posso citar aqui vários casos, porque isso vem em prejuízo às pessoas que moram lá a vida inteira. E eu me sinto aqui, Ver. João Dib, traído, porque há casos de Processos que estão sendo feitos aqui para nomeação de ruas e alteração do nome das ruas sem a consulta da comunidade.

Vou citar um caso bem concreto, em que foi feito um abaixo-assinado indicando que seria nomeada uma determinada rua, e, na verdade, foi alterado o nome de uma rua existente há mais de 40 anos. Imaginem a situação daquelas pessoas nos dizendo que, quando tem uma telentrega da farmácia, da pizzaria, de qualquer atividade, as pessoas não conseguem correlacionar com o novo nome da rua. E perguntam quem é que mudou. Eu disse que quem mudou só pode ter sido a Câmara, e me incluo nisso agora. Eu atribuo a responsabilidade de quem faz. Vou pedir a anulação de alguns casos, porque, inclusive, estive verificando o que aconteceu, o abaixo-assinado não cita qual a rua que seria mudada, e posteriormente foi anexado o croqui, e a população é induzida a erro. Isso é inaceitável. Imagine, Ver. João Dib, se uma ambulância é chamada em um endereço desses e não consegue achar? Às vezes, por 5 minutos, por perda de tempo, a pessoa pode ter a vida comprometida, pode ser um caso fatal. Lamentável, lamentável que se faça isso.

Eu vou citar vários casos e não vou mais votar em nome de rua até ter absolutamente tudo explicado, vou fazer todos os questionamentos, porque é inaceitável que os Vereadores venham aqui, e os demais, de boa-fé, votem a favor, enganando as pessoas das ruas. Há vários casos na Vila Farrapos, cito um caso na Rua Vista Alegre, atrás do Cristo Redentor, cito a Rua Jesus Linhares Guimarães, no Partenon, e outras. E eu tenho sido inquirido: “Por que mudar o nome da minha rua sem a gente saber, sem a gente assinar nada?” É um fato muito lamentável de quem tem esse tipo de procedimento e dá para montar o processo. Eu quero mostrar um caso exemplar disso, as pessoas estão lá há 40 anos, às vezes há 50 anos, e alguém estranho vai e muda o nome da rua.

Também quero aqui fazer uma referência ao Projeto do Ver. Raul Carrion. Estamos discutindo um Substitutivo em conjunto para que possamos aperfeiçoar o Projeto das medições individuais de água para evitar ou pelo menos diminuir os conflitos entre vizinhos, diminuir os problemas condominiais ou os problemas das ligações das edificações populares, particularmente as feitas pelo DEMHAB, pela COHAB, que têm grande dificuldade de regularizar as ações, visto que muitas vezes os hidrômetros são comuns, em que um paga a conta, e outros três não pagam, e as suas vidas ficam comprometidas porque o seu imóvel está vinculado a débitos que um dia o DMAE vai ter que executar. Então, estamos fazendo uma composição, Ver. Raul Carrion, estamos negociando ainda detalhes, mas vamos apresentar um Projeto de forma que ele seja o acúmulo da discussão e do atendimento das aspirações da maior parte das pessoas de Porto Alegre, tanto da comunidade mais carente até dos condomínios, para que cada um pague o que realmente consumiu de água. Inclusive, a Universidade Federal da Bahia fez um estudo e viu que onde foi implantado o sistema condominial de cobrança a economia de água foi de 20%. Então, é uma medida que vai ao encontro das necessidades e do desejo de todos os contribuintes da cidade de Porto Alegre. Obrigado, Sr. Presidente, pela sua tolerância.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Ver. Todeschini.

Verª Sofia Cavedon, eu fiz o registro do seu aniversário, mas não entreguei o cartão alusivo com os cumprimentos de toda a Câmara para Vossa Excelência, assim como nós fazemos com todos os Vereadores. (Palmas.)

O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Luiz Braz, Presidente desta Casa neste momento; demais Vereadores e Vereadoras, em especial a Verª Sofia Cavedon, em quem tive a honra de dar um forte abraço, de ser o primeiro a parabenizá-la depois de receber o seu cartão. Desejamos a V. Exª muitas felicidades neste dia e doravante.

Eu também quero agradecer ao Ver. Ervino Besson, que estava inscrito na minha frente e me cedeu gentilmente seu tempo pelo fato de eu ter, hoje, dois Projetos em última discussão de Pauta - 3ª Sessão de Pauta - que eu não havia podido tratar, Ver. Dib, aqui desta tribuna.

Primeiro eu queria me referir - o Ver. Todeschini e o Ver. Garcia fizeram referências - a um Projeto de Lei que busca individualizar os hidrômetros nos prédios multifamiliares. Traduzindo em linguagem mais simples: edifícios e até mesmo condomínios horizontais que porventura tenham a sua medição de água de forma coletiva. Qual o problema? Evidentemente isso facilita para o órgão, no caso o DMAE, que faz a cobrança da água, que não precisa individualizar as contas, não precisa medir individualmente. Mas, em contrapartida, cria para a população um grave problema.

Imaginemos um edifício com cinqüenta ou cem apartamentos, Ver. Brasinha, e não estamos falando nenhum absurdo: um economiza água, o outro desperdiça; um tem uma família de sete, oito pessoas, tem um consumo elevado; outro mora individualmente. E isso é rateado sem levar em conta o consumo individual, sem levar em conta o maior ou menor desperdício. Qual é a conseqüência? Muitas vezes, Verª Maffei, o que consome menos vai pagar, evidentemente, o mesmo que aquele que consome mais. Mas a situação é ainda pior, Ver. Dib, se alguns não pagam...

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. RAUL CARRION: Só para concluir o meu raciocínio, vou lhe dar o aparte, Ver. Dib.

Se por algum acaso a conta da água não for paga, os que pagaram religiosamente terão a água cortada da mesma forma com que o mau pagador terá a água cortada. Evidentemente será uma injustiça. E quero, Ver. Dib - já vou lhe dar a palavra, o Ver. Dib está inquieto ali - dizer o seguinte: estive outro dia no Parque dos Maias, numa reunião, é uma comunidade simples, humilde, são aqueles edifícios que foram ocupados, mas regularizados agora. Quando as pessoas tomaram conhecimento desse Projeto, a preocupação era de quando isso seria aprovado, porque é um problema que nós vivemos diariamente, nós acabamos tendo que pagar pelos maus pagadores, senão temos a água cortada.

Então, eu creio que é possível uma solução, já estivemos discutindo com pessoas do Sinduscon, que trouxeram as suas preocupações, e outros setores, o Ver. Todeschini nos propôs um Substitutivo conjunto, estamos acertando alguns detalhes. E isso não vai significar, Ver. Todeschini, impedimento para alguma Emenda de Vereador, nós temos uma tradição nesta Casa de trabalhar, às vezes, anos em um projeto. Queremos que o Projeto saia bem, e o Ver. Todeschini tem uma experiência, foi Diretor do DMAE, portanto conhece por dentro o Departamento, e temos o Ver. Dib, que também foi Diretor do DMAE.

Então, concedo-lhe o aparte, Ver. Dib, levando em conta todas essas questões.

 

O Sr. João Antonio Dib: Nobre Ver. Carrion, eu tenho dito que o nosso problema não é a falta de leis; é a falta do cumprimento das leis, e as leis que são feitas de forma imprecisa, não são muito claras. Existe legislação no Município determinando que os prédios, não sei se de até dois ou três pavimentos, tenham...

 

O SR. RAUL CARRION: A legislação limita-se aos pequenos prédios, Ver. Dib.

 

O Sr. João Antonio Dib: Não, prédios coletivos recebem o hidrômetro até ter três pavimentos. Vossa Excelência se informou se o DMAE cumpre essa lei?

 

O SR. RAUL CARRION: Até é uma boa colocação de V. Exª, faremos isso, o que não obsta a justeza do nosso Projeto. Sei que V. Exª dará uma colaboração para aperfeiçoá-lo, para que possamos encontrar uma solução que atenda os consumidores, é uma preocupação que os Vereadores têm que tratar. E essa, Ver. Dib, eu tenho que V. Exª dirá que é uma boa lei, uma lei necessária, e contaremos com a sua participação e com o seu apoio. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Encerrada a Pauta.

A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Exmo Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, em primeiro lugar, estamos retomando o nosso trabalho neste plenário, porque a Câmara Municipal de Porto Alegre tem esta excepcionalidade: nós não paramos. Mas oficialmente estamos aqui retomando o nosso trabalho. Eu primei, neste primeiro dia, por falar sobre algo que está não apenas nos constrangendo, mas que vemos com profundo pesar: a situação mundial, Ver. Luiz Braz, que nós estamos vivendo. O Ver. João Dib tem a sua origem - o nosso “brimo” aqui da nossa Casa - libanesa. E nós, que defendemos a causa de todos os povos do mundo que lutam pela sua autonomia, sabemos que, por trás da atrocidade que está acontecendo hoje, do governo Israelense... E não se está falando aqui do povo israelense. Eu tenho grandes amigos judeus, como Tarso Genro, como Flávio Koutzii, como tantos outros grandes homens e mulheres que lutam pela democracia.

Eu sempre pensei e acompanhei com atenção a história - e repudiei - do fascismo e também a historia que Hitler empregou contra o povo judeu, e lembro várias histórias de vários filmes. Hoje é incompreensível assistir ao Governo de Israel fazer uma atrocidade maior do que a que o seu povo viveu! Lá corre sangue, lá, da terra dos primeiros milagres de Jesus Cristo, não sobrou nada! E não é porque dois soldados foram seqüestrados; é porque lá, assim como em tantos lugares, caros, em tantos outros lugares do mundo, há a disputa econômica pelo solo e pelo subsolo. E aí não tem perdão, não tem família, não tem nação!

E o grande destruidor, que é a grande fachada do narcotráfico e da indústria bélica americana, está por trás e pela frente, usando o povo israelense. E aquele Governo tirano lá de Israel cumpre com fidelidade a destruição de um Estado, a destruição da humanidade. Eu não quero fazer uma disputa neste plenário: quero usar um minuto do meu tempo por todas as mães que estão chorando, independente da nação, e fazer um repúdio especial ao Governo Bush e ao Governo de Israel, facínoras da humanidade, destruidores da esperança, da alma, da felicidade e da soberania nacional dos povos.

No meu coração socialista, enquanto houver uma criança chorando e tombando, enquanto houver uma nação sem soberania, serei fiel aos meus princípios, que perpassam a questão ideológica, que tratam de uma questão de humanidade. Contra todos aqueles que criaram essa atrocidade, que Deus aponte o seu dedo; contra aqueles que não querem a paz. E a todos aqueles que lutam, muitas vezes com o seu corpo, que tombam sobre a terra, que Deus os abençoe, que eles tenham força, porque a nossa força está junto.

Eu vou destinar um minuto da minha fala - e vou ficar nesta tribuna - para homenagear cada um dos que tombaram. (Faz um minuto de silêncio.) Obrigada, Sr. Presidente, e que Deus nos abençoe. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Verª Maristela Maffei.

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, neste início de funcionamento normal da Câmara, com as Sessões plenárias, neste segundo semestre, eu poderia falar de “n” situações conflituosas que se repetem, de desacerto, de desgoverno do Governo Fogaça, como obras que apresentam deslizamentos, obras que não acabam nunca - o Conduto Forçado Álvaro Chaves -, como o aumento do furto e dos roubos de carros na Capital, como o cancelamento da licitação do DMLU, crônica de uma morte anunciada, denunciávamos aqui, e este Governo demonstrou que estava eivado de irregularidades, além da decisão desastrosa de fazer uma mudança para uma situação mais onerosa e menos eficiente na cidade de Porto Alegre. Mas esses temas terão espaço durante o semestre.

Quero aqui tratar da situação que a Verª Maristela já colocou, porque nós temos de fazer ecoar a voz de 15 mil palestinos que moram no Rio Grande do Sul, que mantêm seis mesquitas - Porto Alegre, Santa Maria, Livramento, Quaraí, Uruguaiana e Rio Grande. Quero falar por uma população de mais ou menos 4,5 milhões de palestinos, sendo que 1,2 milhões estão na Faixa de Gaza, e o restante está na Cisjordânia.

Quero falar e denunciar, porque Israel, esse país imperialista, até a presente data, desde o dia da declaração da sua fundação, não respeitou nenhuma deliberação da ONU sobre o conflito; rejeitou todas as iniciativas para as Forças de Paz se instalarem na região; não definiu, ainda, propositalmente, as suas fronteiras, se são as fronteiras que estão determinadas pelo muro que construiu na Palestina ou as fronteiras que a ONU determinou para o seu território.

Israel é um país que não tem Constituição, propõe-se a ampliar e a expandir território. O muro, que tem 720 quilômetros de extensão, Ver. Dib, e oito metros de altura, foi construído sobre o território palestino, com confisco ilegal de terras e foi, no ano de 2005, condenado pela Corte Internacional de Haia, na Holanda, que julga crimes contra a humanidade. Esse muro tem a sua construção prosseguida e divide cidades históricas ao meio, como Jerusalém, Belém e Jericó, que conhecemos na história da Bíblia.

Portanto, o conflito atual tem raízes longas e históricas fincadas em uma pequena dimensão geográfica. Agora, não bastando esse histórico, Israel ataca o sul do Líbano, usando como pretexto o seqüestro de dois soldados israelenses na Faixa de Gaza, território palestino ocupado por Israel. Desde o início da crise - dizem os jornais hoje -, 850 civis morreram no Líbano, com a total apatia da ONU. No ataque de domingo morreram 37 crianças que se recolhiam na pequena cidade de Qana, no Líbano. O Líbano está sendo atacado covardemente por Israel, que ataca alvos civis, toda a infra-estrutura de água, rodovias, energias; Israel apresenta-se como vítima, mas não passa de um agressor raivoso, injusto, apoiado, infelizmente, lamentavelmente, pelas elites norte-americanas e européias. O ataque ao Líbano representa, na prática, a ampliação do domínio israelense dentro do território libanês; representa o domínio pela força daquele que é o exército mais armado do mundo, daquele que usa armas de destruição em massa, condenadas pela ONU, Ver. Luiz Braz, como foi constatado por médicos brasileiros que assistiram ao início do ataque - o uso de armas químicas.

Nós denunciamos publicamente o extermínio de civis por parte de Israel e a omissão internacional. E todos clamam por paz, que é o que nós temos de fazer: clamar por paz. Mas a paz pressupõe o reconhecimento por parte de Israel das deliberações da ONU, como a determinação de cessar fogo, que ele ignora solenemente; como a determinação da definição de território e de reconhecimento do território palestino e a imediata suspensão dos ataques contra o Líbano.

Proclamo o nosso repúdio, o repúdio da Bancada do Partido dos Trabalhadores, a essa nação imperialista, homicida e que continua impune, contra quem todas as sociedades deste mundo têm de se levantar.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Verª Sofia Cavedon.

O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, há um fato notável nesta tarde de reinício dos trabalhos desta Casa: a Bancada do Partido dos Trabalhadores está um pouco mais preocupada com os cinco mil anos de guerra entre os palestinos e os judeus. Mas, esta semana, nós lemos no jornal Folha de S. Paulo o depoimento de um dos maiores sociólogos do País, o Dr. Francisco de Oliveira, que foi fundador do Partido dos Trabalhadores. Dizia ele que o País sofre uma ameaça assustadora, que é a possibilidade de se instalar um Governo de quadrilhas no País. De quadrilhas provenientes deste atual Governo, em que o quadrilheiro-mor chama-se Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, atual Presidente da República Federativa do Brasil. Não somos nós quem está afirmando isto, quem afirma é um fundador do Partido dos Trabalhadores.

A novela que se encerrou há poucos dias na Rede Globo, a novela Belíssima, tem um final belíssimo, porque tem a metáfora do País, especialmente a glamorização da impunidade: neste País, nos últimos anos, o crime não só compensa como gratifica. É uma das maiores metáforas extraídas dos estamentos governamentais destes últimos dois anos: uma novela da televisão que mostra no fim o criminoso gozando as delícias do seu próprio crime.

Nós, que temos buscado mostrar nesta tribuna que não há nada mais libertário do que o conhecimento, que temos demonstrado em todas as nossas afirmações que a dignidade humana se adquire, se conquista com educação, com acesso ao conhecimento, temos um País que faz o elogio à ignorância e ainda atribui àqueles que combatem esse absurdo intelectual gerado no ventre fértil uma certa intelectualidade paulista, hoje eles dizem que é bonitinho falar errado, porque “ele fala como nóis”. Que coisa linda! E isso está oficializado, meu Deus! Essa é uma das mentiras mais deslavadas da história deste País!

É o conhecimento que liberta, não a ignorância. É o conhecimento que capacita.

E essa tese, hoje, é defendida pelo atual Governo, pelos seguidores deste Governo, dizendo que a aristocracia brasileira - entre aspas - não se conforma com a chegada de um torneiro mecânico à Presidência da República.

Que bom que chegou um torneiro mecânico à Presidência da República! Que bom se ele tivesse outras qualidades e, mais do que isso, algum preparo de ordem moral, para não ser incriminado pela Procuradoria-Geral da União como um criminoso, num País que necessita, desesperadamente, que seus políticos sejam modelos, sejam exemplos, que jamais tenham esse perfil maldito, que pode se instalar; mais uma vez é o medo vencendo; mais uma vez, esse terror, esse medo de uma quadrilha, conforme falou o sociólogo brasileiro Francisco de Oliveira, fundador do Partido dos Trabalhadores.

Esse é, talvez, um dos piores acontecimentos do recesso, e, de uma forma estratégica e muito elaborada, a Bancada dos Trabalhadores, Sr. Presidente, faz com que o processo da briga de Israel com os palestinos substitua esta ameaça que o País vai ter de suportar, durante algum tempo ainda: de um novo Governo onde o elogio à ignorância, onde o medo e, principalmente, a glamorização da impunidade talvez sejam as três características maiores de um período que o Brasil um dia vai querer, de todas as maneiras, esquecer. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MANUELA D’AVILA: Exmo Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, primeiramente, eu gostaria de saudar a todos. Infelizmente, continuamos tendo esse longo recesso no meio do ano, mas gostaria de dar as boas-vindas a todos. Espero que seja um bom e proveitoso semestre para esta Casa, mesmo com o período eleitoral.

Não sei se o Ver. Sebenelo se encontra no plenário, seria interessante que se encontrasse, mas, pelo que verifico, não está presente o Ver. Sebenelo. Gostaria de fazer alguns comentários. Eu subiria a esta tribuna, no dia de hoje, para falar da triste situação do mundo árabe, da falta de capacidade das pessoas, dos homens e das mulheres de se emocionar, de se sensibilizar, Verª Neuza Canabarro, e de lutar contra a guerra imperialista que se estabelece em todo - todo, todo, todo - o Oriente Médio; começando pelo Afeganistão, passando pela Guerra do Iraque, que nós muitas vezes denunciamos aqui nesta tribuna, o genocídio cotidiano dos jovens iraquianos, dos jovens que resistem ao império norte-americano, e, agora, sendo articulada a Guerra do Líbano, com desculpas esfarrapadas pelo Governo de Israel.

Ver. João Antonio Dib, que tem origem também nesse nobre espaço do mundo, eu acho que muitas vezes, quando denunciamos a guerra imperialista e o Governo imperialista de Israel, nós os confundimos com o direito que o povo israelense tem, sim, de ter o seu território, mas não aceitaremos esses conflitos, e acho que a humanidade não deve se calar. Nós não aceitaremos que, para conseguir estabelecer as suas justas fronteiras...

É justo que um povo tenha o seu país, e esse país foi reconhecido e foi criado pela Organização das Nações Unidas, mas não é justo que o mesmo Governo de Israel se alie ao Governo norte-americano, que não respeita a ONU, que invade e que ocupa o Iraque, sem respeitar a ONU! Pois, então, Israel, quando é para reivindicar que se torne um país por resolução da ONU - o que nós, do PCdoB, defendemos -, reivindica, mas num próximo momento alia-se àqueles que não respeitam as Nações Unidas, que não respeitam a humanidade. E mais: dizem estar combatendo o terrorismo, mas praticam o pior e o mais terrível terrorismo de todos, que é o terrorismo de Estado, que é o que hoje pratica Israel contra o povo libanês, que é o que praticam, há muitos anos, os Estados Unidos da América, desde a primeira eleição do Bush filho, ou do “Baby Bush”, como nós preferimos chamar.

Eu quero falar um pouco mais sobre a situação no Oriente Médio, porque eu temo, sinceramente, Ver. João Antonio Dib, que, quando eu tiver os meus filhos, eles olhem para 2003, quando da invasão do Iraque; para 2006, quando da tentativa de destruição do povo libanês, e pensem o mesmo que eu penso com relação ao nazi-fascismo: “Como que o mundo se calou durante tantos anos para Hitler? Como que o mundo se calou durante tantos anos para Mussolini? Como nós tivemos que esperar tanto tempo para acumular forças e, na batalha de Stalingrado, derrotar o nazi-fascismo?” Eu tenho muito medo de que os meus filhos e os meus netos pensem que nós estávamos omissos nesse momento de genocídio do mundo árabe.

Eu acho que todos nós devemos nos organizar e lutar pela paz no mundo, começando pela paz entre as nações e a autodeterminação dos povos. Eu gostaria de convidar todos para, no dia 6 de agosto, neste domingo, participarem de uma manifestação organizada por algumas entidades e organizações: o meu Partido, o Partido Comunista do Brasil; o Partido dos Trabalhadores; a União da Juventude Socialista, mais todos aqueles que defendem a paz, que são contra o terrorismo, sobretudo o terrorismo do Estado. Todos estão convidados para estar no Brique da Redenção, junto com os democratas e os pacifistas da nossa Cidade.

Para finalizar, como eu gosto da paz em todos os sentidos, gostaria de dizer que nós entendemos o porquê do alinhamento do Partido do Ver. Sebenelo com os Estados Unidos da América. Um homem que sobe a esta tribuna para chamar o Presidente da República de ignorante também chama, ao mesmo tempo, todo o povo deste País; o mesmo povo que confirma, Ver. Sebenelo, que esse Presidente trabalha, e trabalha por ele, que tem a cara deste povo brasileiro, que resiste, que resistiu aos seus Governos, que resistiu ao desgoverno do Fernando Henrique e do seu Ministro Paulo Renato, que resistiu, bravamente, às privatizações da universidade pública, conseguiu reverter; o mesmo povo que usufrui do ProUni, os 300 mil jovens brasileiros que vivem com o ProUni, que estudam, que realizam os seus sonhos a partir do ProUni, as mesmas professoras que estão felizes porque sabem que o Fundeb, criado pelo nosso Governo, multiplica em dez vezes a verba para educação infantil, fundamental e média em nosso País. Esse é o povo que o Ver. Sebenelo acha ignorante e acha que não queremos libertar.

Liberdade, Ver. Sebenelo, nós construímos todos os dias, porque nós lutamos, nós resistimos ao Governo do seu Partido e seguimos lutando para que as crianças e os jovens brasileiros construam um futuro. Apesar de vocês terem tentado destruí-lo, absolutamente a alegria nos rostos e corações da nossa gente e do nosso povo continua; e a nossa luta pela paz, inclusive no nosso País, também continua.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Claudio Sebenelo.)

 

A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Não sai na televisão sua crise histérica. O senhor não precisa ter crise histérica, porque ela não sai na televisão. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(Tumulto no plenário.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Peço calma aos Srs. Vereadores, por favor. Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h38min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz - 15h39min): Estão reabertos os trabalhos. Srs. Vereadores, peço, por favor, que respeitem a Instituição. Peço que não discutam aqui, dentro do plenário, fora dos microfones, que estão destinados aos Srs. Vereadores para discutir os assuntos de Porto Alegre, do Estado, da Nação, do mundo.

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, em relação à fala do Ver. Sebenelo, eu não pude ir ao microfone na seqüência da sua fala, no término da fala do Vereador, porque estava assinando alguns documentos. Eu gostaria de solicitar que o Ver. Sebenelo retirasse as palavras com as quais se referiu ao Presidente Lula. Tenho certeza de que, em respeito à figura do Presidente e em respeito ao momento eleitoral, ao chamar o Presidente de chefe de quadrilha, ou algo do gênero, ele se passou, tanto na ética parlamentar que temos na Casa, quanto com o respeito ao Presidente da República. Então, eu gostaria que o Ver. Sebenelo retirasse essas palavras.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, não retiro o que eu disse, porque essa é uma informação retirada da capa da Folha de S. Paulo da semana passada, em que o fundador do Partido dos Trabalhadores usou essas expressões. Não foram minhas essas expressões, eu reproduzi uma notícia de um jornal brasileiro. Não foi dito por mim; foi a reprodução de alguma coisa que querem passar a mão por cima, é evidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Eu solicito aos Srs. Vereadores que as Questões de Ordem e os Requerimentos sejam feitos em frases curtas, não podem ser feitos discursos laudatórios do microfone de aparte.

 

O SR. RAUL CARRION (Requerimento): Presidente Luiz Braz, na medida em que o Ver. Sebenelo não retira, eu peço que V. Exª, ex officio, como permite o Regimento, retire essas palavras indevidas e inadequadas do pronunciamento do Ver. Sebenelo, porque foram ofensivas e, além disso, colidem com a própria determinação e legislação eleitoral, que não permite ataques, neste momento, aos governantes, da forma que o Vereador fez.

 

O SR. NEREU D’AVILA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, nós estamos perdendo tempo, porque a verdade é a seguinte: depois da Constituição de 1988, pela primeira vez na história republicana, o Vereador tem a inviolabilidade, que se distingue da isenção total do Parlamentar, porque o Deputado ainda precisa que a Casa o licencie, mas, no caso da inviolabilidade, o Vereador é livre para dizer. E, quando essas questões vão aos tribunais, os tribunais têm decidido - na jurisprudência - no sentido de que só quando for ofensa à honra. Correto? Não cabe a V. Exª - com todo o respeito! - retirar palavras de pronunciamentos. Se o ofendido quiser ir aos tribunais, os tribunais vão ver se foi ofensa à honra ou não. Então, eu acho que o assunto está encerrado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Está certo.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON (Questão de Ordem): Sr. Presidente, volto a fazer o apelo ao Ver. Sebenelo, porque, mesmo usando palavras de outrem, ele se expressou como sendo suas, chamando o Presidente da República de “chefe de quadrilha”. O Vereador deverá ser acionado, e, se ele acha que é isso, deverá provar, porque não está provado, não há nenhuma vinculação com o Presidente da República. Em relação aos inúmeros saques ao Poder Público e ao Orçamento Público, a exemplo das 198 Prefeituras do PSDB que estão envolvidas no caso das “sanguessugas”, não há provas de envolvimento do Presidente!

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Verª Sofia, eu peço que, por favor, o microfone de apartes seja usado para Requerimentos e também para Questões de Ordem, mas que elas possam ser feitas dentro do Regimento. Vossas Excelências estão fazendo uma discussão que não cabe ser feita da forma como está ocorrendo.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, essa informação que eu prestei da tribuna saiu na capa do jornal Folha de S. Paulo. Portanto, eu não estou atirando travesseiro de penas. Inclusive, quem indiciou o Presidente da República como criminoso foi o Procurador-Geral da República! Isso aí é notícia de um jornal de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Ver. Claudio Sebenelo, eu vou pedir para que não haja um discurso complementar. Olha, eu peço o seguinte: houve um Requerimento da Verª Sofia Cavedon...

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO (Questão de Ordem): Eles podem falar no microfone, e eu não posso? Eles não têm nem tempo para falar, pois já usaram a Liderança.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Todos podem. Mas, Ver. Claudio Sebenelo, houve um Requerimento da Verª Sofia Cavedon para que V. Exª, se assim o quisesse, retirasse termos que pronunciou da tribuna. Cabe a V. Exª - e V. Exª tem o livre arbítrio - de retirar do seu pronunciamento aquilo que acha que deve retirar, ou não. Não precisamos fazer discussões complementares.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Olha, os lobos, agora, estão vestidos de ovelhas.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Vossa Excelência então não retira?!

Ver. Carlos Todeschini, V. Exª quer falar sobre o mesmo assunto?

 

O SR. CARLOS TODESCHINI (Questão de Ordem): É sobre o mesmo assunto, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Já houve um apelo ao Ver. Claudio Sebenelo, e ele já disse, no microfone de apartes, que não retira o que foi dito. Então, eu acredito que esse é um assunto superado.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: O Ver. Raul Carrion apelou, ex officio, para a sua autoridade de Presidente, na forma do Regimento, para que retire os elementos.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Somente, Ver. Carlos Todeschini, para aquelas palavras pronunciadas que são ofensivas, de forma a colocar a Casa numa situação realmente complicada. Estas, o Presidente tem obrigação de retirar ex officio, é uma obrigação do Presidente.

Agora, quando é uma manifestação feita por uma Liderança da Casa, como é o caso do Ver. Claudio Sebenelo, cabe a ele aceitar ou não a retirada. E cabe, é claro, àquelas pessoas que se sentiram ofendidas ou às Bancadas ofendidas entrar com um processo, se assim acharem necessário, para que esse assunto possa ser discutido de uma outra forma.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu não disse que não retiro, eu disse que retirei a matéria de um jornal brasileiro, de circulação nacional. O que eu quero dizer com isso é que não estou dizendo nenhuma novidade, nem ofendendo ninguém, estou reproduzindo uma notícia. Isso é fundamental para dizer o seguinte: eu não tenho por que retirar uma coisa que nem fui eu que falei!

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Agradeço a Vossa Excelência.

Nós vamos parar agora com as Questões de Ordem e com os Requerimentos, para darmos seqüência aos trabalhos. Peço, por favor, que os Srs. Vereadores me compreendam.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI (Questão de Ordem): Sr. Presidente, nós temos de recorrer ao conjunto da Mesa. Eu quero dizer que não cabe, pois, se é por notícias, o Ver. Sebenelo, por exemplo, tem as contas que estão mal explicadas...

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Ver. Todeschini, já não estamos mais falando...

 

(Tumulto no plenário.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Suspendo os trabalhos, novamente, por um minuto, até que os Srs. Vereadores se entendam.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h47min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz - 15h48min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, esta Casa está acostumada a ouvir este Vereador dizer “saúde e PAZ!” Quando este Vereador pronuncia essas palavras, não são apenas palavras; elas constituem, na realidade, uma oração que parte do fundo do coração deste Vereador, desejando aos seus semelhantes exatamente isto: saúde e paz! E, se tivesse que definir tudo numa palavra só, este Vereador diria a palavra que sempre carrega na sua lapela e que já distribuiu para muitos Vereadores aqui e para muita gente nesta Cidade: a palavra paz. É a palavra mais importante do mundo. Paz, paz, paz!

Eu vejo, com tristeza profunda, que a terra de todos os meus ancestrais está sofrendo agora; meu Líbano querido está sofrendo, mas eu não posso, em nome do sofrimento do meu país lá, do país dos meus pais, que vieram casados de lá, em razão desse sofrimento, que outros acontecimentos sejam realizados aqui, inclusive neste Plenário. A sociedade libanesa vai fazer uma passeata neste domingo, pedindo paz. Pedindo que o Oriente Médio cesse as suas hostilidades. Na verdade, pelo menos a metade do G-8, do Grupo dos Oito, é que fomenta todas essas guerras, todas essas barbaridades, para que armas e mais armas sejam vendidas.

Há poucos dias eu disse aqui, no Dia do Amigo, que, se nós usássemos o dinheiro da guerra para a paz, não teríamos mais tanto sofrimento no mundo, nós teríamos mais educação, nós teríamos saúde, nós teríamos segurança, nós teríamos planejamento familiar, nós teríamos um mundo muito melhor. Neste momento, milhões de dólares estão sendo queimados em fogos, balas, canhões, mísseis e em outras tantas coisas que não conduzem a nada. Nós precisamos de paz, e até paz no Plenário, Sr. Presidente.

Mas, na verdade, eu queria falar sobre Porto Alegre. No domingo, eu fui até o Município de Alvorada e fiquei impressionado - mas mal impressionado - com o estado da Av. Baltazar de Oliveira Garcia. Ali se verifica - eu não quero saber quem é o responsável, não estou preocupado com quem é o culpado ou não - tudo o que não deve ser feito numa obra pública, está tudo ali. Numa obra pública daquele porte, numa avenida daquela importância, há que se trabalhar sete dias por semana, e não se abre toda a extensão da avenida para fazer uma obra que, de repente, pode ser interrompida por chuva ou por uma série de coisas. Faz-se por etapas, mas agora é tarde, toda a avenida está paralisada, e é a ligação de dois Municípios - Porto Alegre e Alvorada.

Alvorada tem mais de 200 mil habitantes, e essa gente está toda prejudicada, a cidade de Porto Alegre está prejudicada, o comércio dessa zona está prejudicado. E faço a mesma reclamação que eu fazia quando a Av. Assis Brasil foi recuperada, entre aspas, pela Administração que saiu da Prefeitura: o custo dessas obras é muito maior do que o investimento que nelas se faz, porque o povo todo paga com horas de trabalho de cada um, quando fica preso dentro do ônibus, quando fica atrapalhado no trânsito, quando leva muito mais tempo para chegar ao seu serviço e voltar a sua casa, também o comerciante fica prejudicado, porque não pode colocar a sua mercadoria e trabalhar. Não! Não se faz obra daquela maneira! Eu nunca vi barbaridade tamanha, eu nunca vi irresponsabilidade tamanha numa obra, é realmente uma coisa de assustar! (Palmas.)

Obras, eu tenho toda a tranqüilidade, fiz em toda esta Cidade, não há lugar em que eu não tenha executado uma obra como Diretor do DMAE, como Secretário de Obras, como Prefeito, como Secretário de Transportes; não importa, eu fiz e acompanhei obras. Agora, essa aí tem tudo o que não deve ser feito numa obra, numa avenida da importância da Av. Baltazar de Oliveira Garcia. Trechos de 200 ou 300 metros, e ao final se iniciaria um outro trecho... Não! Abriram toda ela, está lá abandonada à sorte de não sei quem.

Mas, de qualquer forma, faço de novo a minha oração: saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Ver. João Dib.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, vejo aqui na Casa o Tenente-Coronel Marco Aurélio Forlin, que já teve a oportunidade de comandar o Corpo de Bombeiros. Aproveito para cumprimentar os bombeiros, Tenente-Coronel Forlin, pela atuação que tiveram ontem, debelando o incêndio de grandes proporções na Zona Norte da cidade de Porto Alegre. Inclusive um bombeiro caiu do telhado no cumprimento do seu dever. Então, fica aqui registrado para a Cidade exatamente a eficiência, a luta do nosso Corpo de Bombeiros. Aos seus camaradas a nossa saudação! A Casa também se associa a essa manifestação ao Corpo de Bombeiros, aos bombeiros gaúchos. No ano passado o Forlin também esteve no Uruguai debelando aquela catástrofe que lá se fez.

Mas a nossa fala se dará, Sr. Presidente e Vereadores, acerca de oportuno pronunciamento feito pelo Senador Pedro Simon, ontem no Senado, analisando, com a proficiência e a sabedoria que o caracteriza, uma questão extremamente relevante nos dias atuais, prestes à data da eleição, que é exatamente a apatia popular, a descrença do povo face à escolha de candidatos. O Senador Pedro Simon batia na tecla de que é preciso que a população brasileira vote, mas respeitando também aqueles que, por razões, entendem em anular o voto. E insistia o Senador para que se vote, porque há uma lista muito grande de homens e mulheres que são dignos de receber, Vereador-Presidente Luiz Braz, os votos da população brasileira.

Eu quero, portanto, saudar o Senador Pedro Simon pela oportunidade do pronunciamento - os pronunciamentos no Senado são de horas, o Senador teve muitas horas trabalhando essa questão, que reputo extremamente importante - e me associar, dizendo que nós precisamos votar, porque o voto é exatamente o instrumento da democracia. A democracia não conhece outro instrumento senão o voto. O voto, portanto, é fundamental, para que tenhamos presente, implantado o regime democrático, porque não há outra saída, não há outra solução. Então aquelas pessoas - e, diga-se de passagem, são pessoas qualificadas - que querem dar ao voto em branco o conteúdo do seu protesto devem reexaminar essa postura. E dizia o Senador Pedro Simon que, se entenderem de não votar nele, que não votem! Mas que votem em alguém.

Então eu reputo que nós temos que insistir com essa questão do voto, Verª Margarete Moraes, é preciso que a população, evidentemente desencantada com os acontecimentos lamentáveis no País... Mas nós precisamos votar, vamos escolher dentre as várias opções aquelas que são mais adequadas para dirigir este imenso Brasil, os nossos Estados, enfim, constituir os nossos Parlamentos.

Então, fica aqui a nossa manifestação, também vamos desenvolver esse trabalho para se votar. Vamos votar, o Brasil precisa votar, porque chegará o momento em que as instituições e o homem público serão resgatados. O que não podemos é exatamente dispersar, destruir esse instrumento magnífico que é o voto, que é o direito de votar.

Portanto, fica aqui, Presidente, Vereadores, o nosso apelo para que entremos nessa campanha de votar, vamos escolher aquele que melhor atenda os interesses da população. Porque não votar é exatamente fazer com que os piores sejam escolhidos. Reflitamos sobre isso: não votar é exatamente permitir que os piores sejam escolhidos! Então, não temos outra alternativa. No regime democrático, que é o regime da eleição dos Partidos políticos, não temos outra alternativa senão votar. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Ver. Elói Guimarães.

O Ver. Nereu D'Avila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NEREU D'AVILA: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, queria trazer, para conhecimento da Casa e da população, algo que me parece que está acontecendo e é muito grave.

Todos nós sabemos os cuidados e a rigidez que o Vereador, nosso colega, Beto Moesch, tem imprimido na Secretaria Municipal do Meio Ambiente, aliás, com muita propriedade; sabemos da sua presença nos diversos assuntos pertinentes à sua Pasta e no cuidado com a Cidade, parques, áreas verdes, enfim, com tudo aquilo que é pertinente à Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Mas agora eu queria, desta tribuna, alertar o Secretário e as demais autoridades municipais para algo que está ocorrendo, grave, aqui bem pertinho desta Casa, na Av. Borges de Medeiros, no sentido Centro/bairro, à direita de quem vai, antes de chegar ao Beira-Rio, depois do módulo do DMAE: ali o Parque Marinha do Brasil está simplesmente servindo de estacionamento, e não é para três, quatro, cinco, dez carros, é para mais de uma centena de carros! Como eu passo ali todo dia, por força do meu trajeto para a minha residência, inicialmente pensei que era algum movimento no Gigantinho, como quando o CPERS tem as suas assembléias, ou outras entidades. Aí, eventualmente, até muito parcimoniosamente, se coloca em cima do Parque ônibus ou coisa que o valha, mas até não tão acintosamente. Mas agora o que está ocorrendo é que todo o centro empresarial e outros prédios, outras entidades, até uma venda de automóveis que tem na esquina da Rua Miguel Couto com a Av. Padre Cacique, todos eles estão estacionando ali, porque tem, repito, mais de uma centena de carros em cima do Parque Marinha do Brasil! Eu acho que o Secretário não está sabendo, porque isso não é possível!

Para se colocar uma barraca - e aqui os Partidos podem testemunhar -, democraticamente, no Parque da Redenção aos domingos, no Brique, tem que se tirar licença por escrito. Há toda uma burocracia para que os Partidos estejam presentes lá, eles, que não incomodam, que não perturbam, que estão na plenitude do funcionamento do regime democrático com as suas propagandas, as suas bandeiras; enfim, é um espetáculo bonito, democrático no Brique, mas tem que obedecer... Eu fui presidente do Partido e sei: não é chegar lá e colocar barraca, precisa-se de licença, de papel, precisa-se de requerimento, carimbo e despacho.

Agora, em cima do Parque Marinha do Brasil, estaciona uma centena de automóveis, de camionetes, inclusive de uma revenda ao lado, expondo para vender. E outros, certamente, como não podem estacionar na Av. Borges, acharam que o mais fácil seria estacionar em cima do Parque, em detrimento da população.

Então, eu quero tranqüilamente dizer que o Secretário Beto Moesch certamente não sabe disso, e quero, daqui da tribuna, avisá-lo, porque sei não só da sua probidade como da sua austeridade na condução da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Sei que isso não é possível, e nem é permitido, e nem será tolerado, porque, se a rigidez vale para uns, tem que valer para todos. E vai valer! Vai valer!

Creio que, imediatamente, os órgãos competentes, como a SMAM... E o Ver. João Bosco Vaz, nosso eminente colega, que, até há pouco tempo, respondia pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes, que tem a sede ali, nunca colocou nenhum carro e nem nada em cima do Parque, porque, evidentemente, é um parque de todos. Agora, revenda de automóvel ou funcionários públicos de centro empresarial, seja o que for, nem sei se são funcionários públicos, colocam os seus automóveis lá... Ora, Ver. Braz! Então, eu sei, conheço, nós todos convivemos com o hoje Secretário Beto Moesch, é quase certo, para não dizer que é certo, que o Secretário não está sabendo, porque, no momento em que souber, não vai tolerar isso em nome de todos aqueles princípios que regem a sistemática da nossa Cidade - parque é para os pedestres, para os freqüentadores, para a população; não é para automóvel, não é para ônibus, não é para caminhonete. Portanto, aqui fica o nosso alerta, o nosso pedido à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, para que, imediatamente, tome as providências necessárias. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; nobres colegas Vereadoras, Vereadores, público que nos assiste, imprensa, quero cumprimentar todos os colegas, porque hoje estamos reiniciando, de fato, o trabalho do segundo semestre parlamentar desta Câmara, desejo a todos um início fecundo de muitas realizações em prol do povo da nossa Cidade.

Ontem começamos os trabalhos das Comissões, e tive a oportunidade de participar de uma Sessão Solene e de um Ato Solene nesta Câmara, dois momentos marcantes, muito importantes para a nossa Cidade. O primeiro ato foi de autoria da nobre colega de Partido, Verª Maristela Meneghetti, concedendo Título Honorífico ao Sr. Sergio Checchia, Diretor da Faculdade da ESPM, faculdade que meu filho cursa atualmente. Sergio é um empreendedor, um empresário, uma pessoa de garra, uma pessoa que vem se somar aos porto-alegrenses para escrever uma história de glória perante a comunidade que nos afeta neste momento.

Em seguida, tivemos o Ato Solene, em que este Vereador teve a grande felicidade pessoal de poder conceder o Prêmio Lupicínio Rodrigues à Banda Municipal da Polícia do Exército. Foi um ato que fiz com extrema emotividade, com extrema emoção, porque essa Banda da PE data, na nossa Cidade, de 1933 e está até hoje engalanando as festas épicas da nossa Cidade. Emoção, principalmente, por ter uma identidade muito particular para com a Banda, porque a Banda, nobre Presidente, é composta por um soldado, e eu fui soldado; é composta por cabos, e eu fui cabo na minha carreira militar; é composta por 3º Sargento, 2º Sargento, 1º Sargento, que também fui na minha carreira militar; por Subtenente, que também fui; e por um Regente-Tenente, que foi o posto em que eu encerrei a minha carreira no Exército, humilde, mas com muito orgulho e com muita alegria. Essa identidade com a Câmara, ontem, ficou plasmada, e a galeria ficou lotada.

E um detalhe muito importante, Sr. Presidente, por isso que trago este comentário: hoje, falando com o filho do Lupicínio Rodrigues, o Lupicínio Rodrigues Filho, ele me confidenciou um dado que, se nós buscarmos na história do nosso Lupicínio Rodrigues, nós encontraremos. O filho dele, ontem, na entrega do Prêmio para os sargentos, me passou um dado que eu não sabia, são coisas que acontecem, que vão acontecendo, vão se juntando e formando uma pequena história - às vezes, uma história de valor -, de que Lupicínio Rodrigues também foi Sargento do Exército, que serviu em Santa Maria. Diante de todos os predicados, tenho certeza de que a família guarda, o filho guarda essa deferência de o pai ter sido Sargento do Exército Brasileiro.

Também quero, rapidamente, Sr. Presidente, aproveitando o meu tempo, parabenizar o nosso treinador da Seleção Brasileira, que também faz parte da minha história, um garoto aguerrido que me foi entregue, aos 14 anos de idade, aqui em Porto Alegre, que foi Capitão tetracampeão da Seleção Brasileira, hoje ele galga um posto importante do nosso Brasil como técnico da Seleção Brasileira. Quero desejar ao menino Dunga - que me foi entregue pelo pai, aos 14 anos, para que eu o cuidasse aqui em Porto Alegre - muito sucesso, com aquela garra, com aquela humildade que sempre o caracterizaram e que nós tão bem conhecemos. Dunga, temos certeza de que haverás de escrever a história do futebol brasileiro - diferente do que aconteceu na Copa do Mundo passada - com uma Seleção com coração, com garra e com respeito ao nosso Brasil.

Muito obrigado, Sr. Presidente; mais uma vez, quero cumprimentar os meus colegas, V. Exª também, desejando que os trabalhos deste segundo semestre sejam realmente frutíferos para a nossa comunidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Ver. Ismael Heinen.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Em votação o acordo de Lideranças para a apreciação das seguintes matérias na Ordem do Dia: bloco contendo o Requerimento nº 104/06, de autoria da Verª Neuza Canabarro; o Requerimento nº 108/06, de autoria do Ver. Ervino Besson, e o Requerimento nº 109/06, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo; logo após, votaremos o PLL nº 074/06, o PELO nº 005/05 e o PLE nº 030/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

REQUERIMENTOS - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. N. 104/06 – (Proc. N. 3686/06 – Ver.ª Neuza Canabarro) – requer que o período de Comunicações, no dia 28 de agosto de 2006, seja destinado a assinalar o transcurso do Dia do Corretor de Imóveis. (incluído em 26-07-06)

 

REQ. N. 108/06 – (Proc. N. 3783/06 – Ver. Ervino Besson) – requer que o período de Comunicações, no dia 28 de setembro de 2006, seja destinado a assinalar o transcurso do 50º aniversário da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado do Rio Grande do Sul. (incluído em 26-07-06)

 

REQ. N. 109/06 – (Proc. N. 3809/06 - Ver. Bernardino Vendruscolo) – requer a realização de Sessão Solene no dia 18 de agosto de 2006, às 19 horas, na sede do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, destinada a assinalar o transcurso do Dia do Maçom. (incluído em 20-07-06)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o bloco contendo o Requerimento nº 104/06, de autoria da Verª Neuza Canabarro; Requerimento nº 108/06, de autoria do Ver. Ervino Besson; Requerimento nº 109/06, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 1914/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 074/06, de autoria do Ver. Ervino Besson, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Danilo Tiziani.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82,   § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 29-06-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): PLL nº 074/06.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, solicito a V. Exª que apele para os Srs. Vereadores que estão nos gabinetes que compareçam ao plenário. São votações que precisam de 24 votos, nós estamos com 25 presentes, conforme o painel.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Reiterando o pedido do Ver. Dib, solicito aos Vereadores que se encontram na Casa, nos seus gabinetes, que, por favor, venham para o plenário, a fim de que possamos votar os Projetos que exigem 24 votos para a sua aprovação, dois terços dos Vereadores da Casa.

Em discussão o PLL nº 074/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05minutos/sem aparte)

 

2º TURNO

 

PROC. N. 1438/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N. 005/05, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que inclui dispositivos nos artigos 56 e 58 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, atribuindo competência às Comissões Permanentes da Câmara Municipal para a discussão e votação de projetos de denominação de próprios municipais, vias e logradouros públicos. Com Emenda n. 03.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda n. 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01, e pela rejeição da Emenda n. 02;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01.

 

Parecer-Conjunto:

- da CCJ, CUTHAB e CECE. Relator-Geral Ver. Bernardino Vendruscolo: pela rejeição da Subemenda n. 01 à Emenda n. 01 e pela aprovação da Emenda n. 03.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o PELO n° 005/05. (Pausa.) O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação do PELO n° 005/05.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, querido Ver. Luiz Braz; colegas Vereadoras e Vereadores, saúdo muito especialmente o autor desta matéria, o nosso Ver. João Antonio Dib, eu considero um avanço, se nós conseguirmos aprovar em 2º turno, esta matéria. Eu não acho que nome de rua não é um fato importante para a vida de uma Cidade, mas acho que o Plenário de uma Casa Legislativa tem que dedicar todo o seu tempo a outras questões que dizem respeito ao dia-a-dia da vida das pessoas. Ora, se eu submeto o nome de rua às Comissões; se, por unanimidade, as Comissões aprovam o nome de uma determinada rua, por que razão vir a Plenário? Ora, se houver divergência, se utiliza o Plenário como fase recursal, e somente nesse caso a matéria vem a Plenário. Porque, na política, há uma coisa que se chama versão de fatos: o fato é um, e, às vezes, a versão é outra, Ver. Todeschini. Esta Casa - e eu estou aqui há quase sete anos - tem produzido boas leis para a Cidade, de autoria dos seus Vereadores, leis que vêm do Executivo. Mas o que passa para a opinião pública é que esta Casa dedica seu tempo a homenagens e a nominar ruas, o que não é verdade. Mas a versão que se constituiu foi essa.

Então eu acho que é um avanço. Por quê? Porque não há contradição nisso. Primeiro, a Câmara vai continuar dando nome a ruas, não vai tirar a iniciativa de nenhum Vereador. As Comissões temáticas têm papel fundamental, e lá, se houver divergências, que venha a matéria a Plenário.

Já votei favoravelmente no 1º turno, votarei no 2º turno favoravelmente, porque acho que qualifica. Por exemplo, se eu dedicasse o tempo que levo para discutir homenagem e nome de rua para discutir uma Reforma Tributária neste Município, que avanço esta Casa teria! Se eu arredasse a discussão da homenagem e do nome de rua e colocasse aqui a Reforma Urbana, que é urgente e necessária no Brasil, neste Estado e nesta Cidade, que avanço nós teríamos!

Eu poderia ir mais, Presidente Luiz Braz. Atrasados estamos e temos que enfrentar, e o Executivo tem que remeter o Plano Diretor de Porto Alegre, que precisa, sim, receber profundas mudanças. Muitas mudanças. Esta Cidade precisa ter, por exemplo, um Plano Viário definitivo. Não podem as pessoas viver nessa insegurança jurídica se aqui vai passar ou não uma radial. Temas como este precisam ganhar espaço neste Plenário - nós, coletivamente, a Mesa Diretora e todos nós.

Então, Ver. Dib, eu vi que havia algumas resistências a esta matéria num primeiro momento, mas, no andar da carruagem, as abóboras foram se assentando, e eu vejo que hoje ela conta com a unanimidade desta Casa, o que acho, sem dúvida alguma, que foi um bom avanço, então votamos com muito gosto. Não é um Projeto singelo, não; é um Projeto que agiliza, dá mais celeridade às coisas, na minha avaliação, mais consistentes. Volto a dizer, para encerrar: não acho, Verª Maristela Maffei, que nome de rua não seja importante, ela poderá passar, mas acho que o Plenário deve ser reservado a outras discussões, e lá nas Comissões, que também são organismos importantes desta Casa, a gente pode enfrentar e resolver essa questão.

Parabéns, Ver. Dib, com certeza haveremos de aprovar não um singelo Projeto, ele pode ser singelo na sua apresentação, mas tem uma fundamentação extraordinária para a agilidade e para o bom debate desta Casa. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 005/05.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, assistência do Canal 16 e público presente, meu caro Ver. João Dib, quero confessar que, no 1º turno, simpatizei com a idéia e votei a favor deste Projeto, mas, depois do que vi, do que presenciei e pelos termos que eu fui cobrado, o Projeto me deixa muito preocupado, Verª Mônica, temo que, ficando só nas Comissões, tenhamos os problemas aumentados. Ver. Sebastião Melo, tenho aqui pelo menos meia dúzia de ruas nas quais estive presente e fui achincalhado, porque participei de votações aqui que alteraram o nome de ruas sem o consentimento da comunidade. Eu vim aqui verificar o Processo, e, no abaixo-assinado, no cabeçalho, não constava que era para alterar o nome da rua, constava para nomear rua, e depois foi anexado um croqui, indicando qual era a rua a ser nominada, foi alterado o nome de endereços existentes há 20, 30, 40 anos. Portanto é uma situação muito grave, e vou trazer esses casos a plenário, porque vou pedir anulação, com apoio do conjunto dos moradores da Cidade. Temo, Ver. João Dib, dar essa autoridade às Comissões, porque a Comissão não tem como saber se a coisa está sendo feita com toda a correção, com toda a boa-fé; no processo, para quem não for alertado, não tem como identificar esse problema.

Eu cito o caso da Rua Vista Alegre, em que é nítida no cabeçalho do abaixo-assinado a nomeação de um logradouro, e, na página seguinte, foi anexado um croqui com uma tarja e com uma marcação da Rua Vista Alegre. E toda a comunidade está contra, porque eles não querem que mudem o nome da rua. No entanto, não está dito no Processo. Quero fazer essa discussão, Ver. João Dib, porque não está dito no Processo que é mudança do nome de rua. No Processo, está como nomeação do logradouro! Veja só o que acontece: como é que eu vou saber ou como é que vou poder questionar no plenário se eu não sei os detalhes e os termos? E parto da idéia de que o Vereador que fez, o fez cumprindo todo o ritual, cumprindo todos os passos, fazendo o que tem que ser feito. E não aconteceu. Há vários casos, não é o único. Eu me deparei com as pessoas completamente revoltadas, incomodadas, inclusive com prejuízo à sua cidadania: a ambulância foi chamada e não conseguia achar o endereço, mudou e ninguém mais sabe o nome da rua. “Ah, é a antiga rua tal. Aí, sim, está nos mapas”. Veja só a situação, não estamos lidando com coisa pouca. É atribuição, sim, no meu entendimento, do Plenário fazer esse debate, fazer essa definição. Eu sei que há uma Emenda do Ver. Raul Carrion ao Projeto do Ver. João Dib que obriga a que a mudança do nome de rua venha a Plenário. No entanto, se isso for omitido, se ninguém se der conta na Comissão, passa batido.

Então, quero dizer que esse foi um tema que surpreendentemente me causou muito incômodo, muito mal-estar, eu acho que, de um todo, nós estamos sendo enganados algumas vezes. E não pode ser assim! Nomear rua é uma atribuição do conjunto de Vereadores, sim; é uma atribuição importante, é um respeito e um resgate da cidadania; é um resgate da cultura, Verª Margarete, porque o nome da rua tem a ver com algum momento da história, com o lugar, com alguém ou com um fato histórico.

Portanto, quero dizer que não me sinto à vontade para votar a favor, ainda que tenham todas essas ressalvas, que são importantes, que melhoram o Projeto. E não é uma posição contra o seu Projeto, Ver. João Antonio Dib, é contra o uso que está sendo feito, contra a forma de utilização desse instrumento por parte de alguns. E não pode ser assim, nós não podemos legislar contra o interesse da Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 005/05.

 

O SR. ERVINO BESSON: Meu caro e estimado colega Ver. Luiz Braz, presidindo esta Sessão; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TV Câmara, eu queria saudar a todos.

Respeitosamente ao meu colega Ver. Carlos Todeschini, que preside a Comissão da qual me orgulho de fazer parte, quero dizer que é um avanço este Projeto do Ver. João Antonio Dib. Eu respeito a sua posição, só que nós não podemos trabalhar em cima de exceções, este Plenário já errou, isso é normal, isso acontece, poderá acontecer também nas Comissões. Agora, eu acho que é um avanço, sem dúvida nenhuma, o Projeto do Ver. João Antonio Dib, é um direito do Vereador, regimentalmente, legalmente, dar nome de rua, isso cabe a nós.

Nós tivemos um desgaste, a imprensa nos bateu fortemente a respeito disso. Algumas ruas têm provocado uma ampla discussão, muitas delas, convenhamos, até desnecessárias. Agora, eu acho que, se este Projeto passar por três Comissões, dificilmente poderá haver algum equívoco em relação a ele; como houve - eu já disse - algum equívoco aqui no Plenário, poderá haver, também, nas Comissões. Mas creio, sinceramente, que é um avanço para a Casa, nós vamos ganhar com isso. Nós temos muitos assuntos importantes, a cada dia surgem novos problemas, a Cidade cresce, e nós vamos ter mais tempo e melhores condições para discutir problemas pertinentes à nossa cidade de Porto Alegre. Portanto, eu vejo este Projeto do Ver. João Antonio Dib, que foi aprovado na primeira votação e que hoje passa pela segunda etapa de votação, como um Projeto importante, como um ganho para a Cidade, para a Câmara Municipal, pois é um tempo que nós, Vereadores, vamos ganhar. E, como eu já disse, nós temos muitos problemas na Cidade. A cada dia surgem novos problemas, e nós teremos mais tempo para discutir as questões que envolvem a nossa querida Porto Alegre.

Ver. Todeschini, V. Exª falou sobre o abaixo-assinado, mas está na norma hoje que, quando se tratar de Projeto sugerindo nome de rua, ele seja protocolado junto com o abaixo-assinado, com a concordância da comunidade - esse é o sistema que eu uso, não sei se todos os Vereadores usam o mesmo sistema. Portanto, é mais um reforço, Vereador, para não criar alguns problemas que poderão surgir. Eu acho que o abaixo-assinado é um reforço que demonstra que a comunidade concorda, e, quando o Vereador, as Comissões vão dar o seu parecer, o seu relatório, eles têm esse documento para fazer o seu parecer, o seu relatório com mais tranqüilidade.

Mas eu respeito a sua opinião, Vereador. Acho que o contraditório é sempre um ganho. Acho que o contraditório, em todos os segmentos da sociedade, é um ganho para as pessoas. Se não houvesse o contraditório, se não houvesse discussões dos problemas com todos os segmentos da sociedade, talvez cometêssemos muito mais erros. Quando há o contraditório, há um aprofundamento, há uma discussão mais ampliada entre nós, colegas Vereadoras e Vereadores.

O Projeto é um ganho, assim como o foi o dia de hoje. Eu quero parabenizar a Mesa Diretora, meu caro Ver. Luiz Braz, pois creio que foi um ganho para a Casa, para nós, Vereadores, doar essa sala próxima ao plenário à Associação Rio-Grandense de Imprensa. Eu acho que a Cidade e nós, Vereadores, ganhamos com isso.

Portanto, Ver. João Antonio Dib, eu votarei favoravelmente o seu Projeto, pois entendo que é um ganho de tempo também para nós aqui no plenário. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 005/05.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Ver. Luiz Braz, este Projeto do Ver. João Dib vem na hora certa. Não há mais condições de este Plenário - e não é porque não seja tão importante - se debruçar sobre essa matéria de nome de ruas, até porque ela é muito complexa, no meu entender.

Há algum tempo, alguns Vereadores entendiam que nomear ruas, aqui no plenário, dava mídia. Hoje, não, Ver. Besson, conforme V. Exª diz, isso atrapalha o nosso processo democrático, atrapalha o nosso processo no plenário. A colocação de nome em ruas virou um objetivo político, nós temos que ser claros aqui. Eu entendo que deva ser o contrário, a comunidade é que tem que postular o nome de uma liderança, através de um abaixo-assinado. Mas o que acontece em Porto Alegre é o contrário. O Vereador, muitas vezes, com objetivo político - nós temos que ser claros -, vai lá e suscita aquela comunidade, dá idéia de nome de rua e até coloca, muitas vezes, goela abaixo. Há exageros de nomes de rua aqui na Câmara há muito tempo. Olha, eu não me lembro quantos nomes de rua eu coloquei, mas não passa de três ou quatro, Ver. Besson, e desde 2000 estou nesta Casa. Não há necessidade desse exagero, não há necessidade. Eu lembro, no ano passado, quando tivemos 70, 80 ou quase 100 nomes de ruas, de uma forma esdrúxula, que nos causou um problema até no plenário. Portanto, tem que partir da comunidade a identificação de uma liderança, que haja, realmente, o respaldo daquela comunidade.

As Comissões Permanentes podem analisar com mais calma, e até quero aqui fazer uma solicitação aos Vereadores que, muitas vezes, se debruçam sobre algum Processo, levam para casa, dormem em cima: eles têm que acordar. Eu não entendo qual o interesse em demorar com esses Processos. Irritam o colega, e aí ficam bravos, quando se vai ao Gabinete cobrar, dessas pessoas, que tragam para que possamos votar. Qual o interesse dessas pessoas em protelar o Parecer? Não, o Vereador está aí para fazer Parecer, e rapidamente; para as Comissões, há prazos.

Portanto, Ver. Dib, as Comissões terão mais trabalho? Terão, mas há Vereadores que estão, volto a frisar, dormindo em cima de Processos, não dando o Parecer. E qual o objetivo? Então, a agilização dos Processos nas Comissões Permanentes deve ser, como diz, permanente, para que possamos agilizar e vir com mais tranqüilidade a esta Casa. Como não virão ao Plenário, o meu receio, Ver. João Dib, e vou votar favoravelmente, é que se acumulem ainda mais nas Comissões, mas não é por falta de trabalho, não! É porque alguns, com interesses pessoais, começam a amarrar, dormir em cima desses Processos, mas têm que dar o Parecer no tempo. Eu peço que esta Casa cobre desses Vereadores que dormem em cima dos Processos que os entreguem às Comissões para que venham a este Plenário para serem votados. Caso contrário será uma enxurrada de Processos, Ver. Besson, nas Comissões Permanentes, o que vai protelar ainda mais a situação.

Eu faço mais um pedido: para V. Exas terem uma idéia, há mais de ano há um Substitutivo meu, e este Processo não sai da Comissão, e ele tem de vir a Plenário para ser votado. Essa é a minha observação: as Comissões Permanentes podem render muito mais, têm condições de render muito mais, mas alguns Vereadores têm que se dar conta de que o Parecer é para ser dado, e existe tempo estabelecido pela Comissão Permanente. Se isso acontecer, Ver. João Dib, não tenho dúvida de que a sua idéia é maravilhosa, eu vou votar a favor porque nós temos, sim, que dar condições para as Comissões Permanentes analisarem, mas que sejam ágeis, caso contrário haverá muito mais acúmulo. Não durmam em cima dos Processos! Mandem urgentemente para serem votados! Obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 005/05.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, rapidamente: a posição do PSB é favorável, Ver. João Dib, a este Projeto, bem como à Emenda do Ver. Raul Carrion, porque compreende que, e quero fazer coro à fala do Ver. Cássia, é fundamental que passe pelo crivo da comunidade e que não façamos apenas uma disputa de quem faz mais ou menos Projetos nesta Casa, acessando pela Internet. Não pode ser por aí, isso não é bom para a autonomia das comunidades, não é bom para a organização dos movimentos sociais. Acredito que, da forma que nós estamos fazendo, da forma que este Projeto está organizado, nós vamos estar mais presentes nas comunidades, dialogando mais dentro das Comissões, e, quando houver um caso polêmico, a gente poderá trazer para cá. Nós vamos continuar primando e zelando por colocar os nomes nas ruas da Cidade, não só nome de pessoas, mas também pode ser de outras formas, desde que bem justificado, e com isso nós vamos ter, com a sociedade, uma compreensão melhor do nosso papel. Portanto, Ver. João Dib, tem todo o apoio desta Vereadora, e apoiamos a Emenda do Ver. Raul Carrion. Muito obrigada, era isso, Sr. Presidente.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 005/05.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu tinha a tranqüilidade de que o Projeto, em 2º turno, passaria como no 1º turno, quando a votação foi unânime. Eu entendo a preocupação da Bancada do Partido dos Trabalhadores de que poderia haver qualquer dificuldade, mas gostaria de lembrar que os Projetos de denominação de logradouros continuarão correndo Pauta, e é na Pauta que nós verificamos as imperfeições e fazemos as Emendas, acompanhamos aquilo que deve ser votado. E todos nós recebemos, nos nossos gabinetes, os Projetos com a Exposição de Motivos e com toda a documentação necessária para que se possa fazer a análise. Se ocorrer, por exemplo, a troca do nome de rua, como este é um Projeto que precisa de 24 votos, ele terá de vir à Plenária. Se algum Vereador pedir que um Projeto venha à Plenária, ele virá à Plenária. Mas eu não estou entendendo a dificuldade que eles têm em dar o seu voto favorável neste momento, já que anteriormente o fizeram, porque tudo que nós estamos fazendo é procurar simplificar o encaminhamento dessa votação, pois é importante, sim, denominação de logradouros, é muito mais importante do que se pensa. Que perguntem ao morador da rua A, da rua B, da X, Y ou Z para saber se ele quer continuar morando nessa rua sem nome - então é importante. Muitas pessoas procuram os Vereadores para que as suas ruas sejam denominadas. Então eu acho que é uma coisa a continuar sendo feita, mas com muito mais serenidade, com muito mais rapidez, dando condições, sem nenhuma dúvida, de se fazer um excelente trabalho na Câmara Municipal.

Este Vereador nunca proporia alguma medida que tolhesse as possibilidades de os Vereadores exercitarem, na plenitude, o seu direito de votar. Nunca, nunca faria isso! Este Projeto entrou no ano de 2005, em março, e já vinha sendo debatido quando eu assumi a Presidência da Casa, dizendo que era importante que se fizesse isso, e estranho que agora, na última hora, haja essa dificuldade colocada pela Bancada do PT - e eu respeito. Mas peço que reconsidere, examine, pois este Projeto só trará benefícios à Casa; em momento nenhum trará alguma dificuldade, até porque, às vezes, nós votamos ruas em blocos. Eu não conheço um projeto de denominação de logradouros que tenha sido rejeitado aqui no Plenário, e não conheço muitos que tenham sido amplamente debatidos no momento da votação, em geral as pessoas votam “sim” sem nenhuma preocupação.

Portanto, eu estou procurando simplificar, e a coisa mais importante na vida das pessoas, podem ter certeza, Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, é simplificar, como dizia aquele guru indiano: “Simplifica, meu filho, simplifica que as coisas vão ser muito melhores”. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Ver. João Antonio Dib.

Foi retirada a Emenda nº 02. Prejudicada a votação da Emenda nº 01. Lembro que nós necessitamos de 24 votos para a aprovação do Projeto, que está sendo votado em 2º turno. Logo após votaremos as Emendas.

Em votação o PELO nº 005/05. (Pausa.)

Como se trata de um Projeto, Ver. Todeschini, que vem sendo debatido há muito tempo por todos nós, Vereadores, eu estou aguardando a possibilidade de mais um voto para que possamos pelo menos dar a renovação. Assim os Vereadores podem conversar mais entre si e, quem sabe, chegar a um outro resultado, ou de repente podemos ter a possibilidade, mas, se não tivermos 21 votos, não conseguiremos renovação. Se houver um Vereador que possa trocar o voto de “abstenção” para “sim”, já proporcionaria essa oportunidade. Ver. Adeli Sell, por favor.

 

O SR. ADELI SELL: Troco de “abstenção” para “sim”.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 21 votos SIM e 02 ABSTENÇÕES.

Há um total de 23 votos do Plenário, dando a oportunidade para que o autor, se assim o quiser, peça a renovação de votação, propiciando uma nova discussão num novo dia.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, consulto V. Exª e, por extensão, a Diretoria Legislativa, porque diz o Regimento que se pode, havendo a diferença de até três votos, pedir renovação.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Exato.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Mas aqui, no caso, há votos “sim” e “abstenções”. Eu tenho as minhas dúvidas, portanto consulto V. Exª se, num caso pontual como este, cabe renovação ou não.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Cabe renovação, Vereador, porque o Regimento também é claro: quando faltam três votos para atingirmos o quórum necessário para a aprovação de um Projeto, podemos pedir renovação. Vou ler o art. 196 para V. Exª (Lê.): “O processo de votação poderá ser renovado uma só vez mediante requerimento de Vereador devidamente fundamentado, aprovado pelo Plenário, na ocorrência das seguintes hipóteses: I - diferença de votos menor ou igual a três em relação ao quórum de aprovação de maioria absoluta ou de maioria qualificada.” É o caso desta votação.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 6699/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 030/05, que institui Área Especial de Interesse Social na categoria de AEIS I para fins de regularização da ocupação denominada de Chácara das Bananeiras e estabelece regime urbanístico para a mesma.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Claudio Sebenelo: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 28-06-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLE nº 030/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Os Vereadores Sofia Cavedon e Professor Garcia se encontram em audiência com o Sr. Prefeito Municipal, representando interesses desta Casa, interesses da sociedade, motivo pelo qual não estão presentes.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h56min.)

 

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